terça-feira, 26 de março de 2013

As crianças pelo mundo e seus brinquedos


Durante 18 meses, o projeto do fotógrafo italiano Gabriele Galimberti, chamado “Toy Story”, compilou fotos de crianças de todo o mundo com seus maiores bens: os seus brinquedos. Galimberti explorou a  universalidade de ser uma criança em meio à diversidade dos incontáveis ​​lugares do planeta. O fotógrafo afirma: “Na idade deles, são todos muito parecidos - eles só querem brincar”.



Entretanto, é a maneira como eles brincam que parecia diferir de país para país. Galimberti descobriu que as crianças nos países mais ricos eram mais possessivas com seus brinquedos, e demoravam mais a deixar com que o fotógrafo brincasse com elas. Galimberti achou mais fácil interagir com as crianças dos países mais pobres, mesmo se houvesse apenas dois ou três brinquedos entre eles.



Havia similaridades também, especialmente com o cuidado que as crianças apresentavam com os bonecos, jogos etc. Acima de tudo, os brinquedos eram um reflexo do mundo no qual cada criança vivia, e falavam muito sobre o cotidiano de cada uma delas. A relação da criança com o objeto com o qual ela brinca é capaz de mostrar as sua histórias de vida, seus medos e suas vontades.

Para ter acesso a mais imagens, para seguir por este link.

terça-feira, 19 de março de 2013

Trote solidário na Unifesp



No trote, organizado pela Associação Atlética Acadêmica Pereira Barretto desde 2010, os calouros devem realizar atividades adaptadas para deficientes físicos.

Neste ano, a iniciativa contou com partidas de tênis de mesa, volta pelo quarteirão com os olhos vendados e basquete de cadeirantes, onde os novatos puderam jogar uma partida com a equipe da Adesp (Associação Desportiva de Pessoas com Deficiência Física).

José Sacerdote, 54, técnico do grupo, formado por paraplégicos, pessoas com sequela de poliomielite e outros traumas, conta que já é a segunda vez que participam do trote solidário da Unifesp.

"É uma boa iniciativa, principalmente para os profissionais que queiram se aperfeiçoar na área", analisa. "Inclusive os cadeirantes que não puderam vir ficaram chateados porque ano passado foi uma festa".

Outro convidado especial foi o campeão no tênis de mesa Luiz Henrique Medina, 61. Nascido sem os dois antebraços, a perna esquerda, a língua e o maxilar inferior.

“É uma honra para mim ter sido convidado. Isso é bom para as pessoas saberem que existe outro mundo além do delas mesmas”, declara.

Os estudantes também aprovaram o evento. “A sensação é muito diferente, eu ouvi todos os barulhos dos carros, as pessoas conversando. Você começa a confiar no seu guia, é bem legal”, diz Cintia Cabral, 18, caloura de fonoaudiologia.



Momento de interação


A caloura de medicina Andréia Santos, 20, aprovou o trote. “Ele é importante para a interação entre os veteranos e para conhecer pessoas que você vai acabar lidando para o resto da sua vida na profissão”. 

Andréia está ansiosa com a graduação. “Eu acho que daqui para frente o curso vai continuar respondendo a todas as expectativas que eu criei”, analisa. “Passar aqui foi um sonho. Consegui na Santa Casa também, mas quem me conhece sabia que era aqui que eu sempre quis estar”.

A "bixete" de tecnologia oftálmica, Andrea Shiba, 27, conta que ficou emocionada com o depoimento de Medina. Shiba, que já havia começado o curso de medicina veterinária na Universidade Federal de Lavras (MG), e decidiu mudar de curso se diz ansiosa. 

“Está sendo melhor que eu esperava. Agora eu quero aproveitar ao máximo, tudo que eu puder, iniciação científica, pós, mestrado, doutorado”.

Fonte: UOL Educação

sexta-feira, 8 de março de 2013

Bullying de gente grande

Artigo para pais e educadores

De Rosely Saião
Fonte: Folha Online

Não gosto do conceito de bullying e do uso que temos feito dessa palavra. Eu já disse isso e reafirmo em nossa conversa de hoje.

Por que tenho rejeição em relação ao conceito? Porque ele leva o adulto a se ausentar das questões que os mais novos enfrentam na convivência com seus iguais.

É como se nada do comportamento manifestado pelas crianças --nos conflitos, nas provocações, brigas e desavenças, nos apelidos e nas piadas a respeito de aparência-- tivesse relação com o mundo adulto.

E mais: é como se elas fossem totalmente responsáveis por tudo o que fazem. De errado, é claro. O conceito nos permite, portanto, ficar de fora desses problemas. Talvez por isso mesmo faça tanto sucesso entre nós, adultos.

E o que dizer, então, do uso da palavra? Temos uma especial atração pelo exagero nessa questão.

Uma criança pequena que é mordida pelo colega na escola, um primo que zomba do outro que perdeu o jogo, a criança que usa óculos e ganha um apelido por isso... tudo agora é transformado no tal do bullying.

Bem, mas encontrei um bom uso para essa palavra e esse conceito -e é disso que vou falar hoje. Trata-se do bullying de adultos contra crianças e adolescentes. 


Outro dia ouvi a mãe de uma menina chamá-la de "anta" e dizer que ela só fazia coisas erradas.

Ainda ouvi a garota responder, com cara de choro, que não havia feito o que fizera por querer... Havia errado tentando acertar. Isso é bullying, concorda leitor?Uma criança humilhada por alguém contra quem não pode ou não consegue se defender pode muito bem ser assim entendido.

E nas escolas? Pais de alunos e professores têm praticado o bullying contra alunos no espaço escolar, sabia? Vou começar pelos pais, dando alguns exemplos. A escola tem um vício, entre tantos, que afeta fortemente alguns alunos. Escolhe "bodes expiatórios" para arcar com quase tudo de errado que acontece na sala de aula e no espaço escolar.

Muitos alunos conversam, saem da carteira, fazem bagunça, mas a professora sempre chama a atenção, nominalmente, apenas de um ou dois dos alunos.Claro que todos os alunos percebem isso e passam a acreditar que só aqueles determinados colegas fazem o que não deveriam fazer e, em casa, reclamam desses colegas aos pais. O que muitos desses pais fazem?

Conversam com outros pais para falar mal dos bodes expiatórios, procuram a direção da escola, fazem abaixo-assinado, ameaçam cancelar a matrícula do filho caso esses alunos não saiam da classe ou até mesmo da escola.É bullying puro de um grupo de adultos contra uma ou duas crianças.

E os professores? Você não tem ideia, caro leitor, de como alguns deles são capazes de fazer referências irônicas e depreciativas a respeito de determinados alunos quando conversam na sala dos professores, por exemplo.Os alunos em questão não ficam sabendo do que é dito a seu respeito? Nem precisa, porque, no relacionamento com os professores, isso será percebido.

Talvez esteja na hora de fazermos um acordo no mundo adulto: o de só falarmos do bullying entre os mais novos quando controlarmos nosso próprio comportamento e pararmos com essa história de humilhar, depreciar, excluir, intimidar e agredir, velada ou escancaradamente, as crianças e os adolescentes.

terça-feira, 5 de março de 2013

Ex-aluno do ITA lança plataforma voltada a vestibulandos

Já pensou em ter uma rede social da qual participam todos os seus colegas de classe e professores? Quão bom seria poder tirar dúvidas daqueles exercícios de matemática dificílimos justo na véspera de um exame? Foi pensando nisso que o engenheiro Diego Dias, de 29 anos, lançou a plataforma virtual Aprendizado Coletivo. Além de interações sociais, o site reúne mais mil videoaulas e exercícios de vestibulares de universidades de todo o País, o que possibilita, por exemplo, a realização de simulados online.

Formado em Engenharia da Computação pelo Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), Diego deixou a empresa da qual era cofundador para criar a plataforma. "Queria aproveitar a experiência que tive ao longo da vida com educação e ajudar outras pessoas", diz. Depois de pesquisar possíveis formatos, o engenheiro chegou ao modelo hoje em funcionamento. "Temos uma série de plataformas de educação muito boas hoje pela internet. Nossa ideia é justamente selecionar o que há de melhor, organizar esse conteúdo e torná-lo disponível aos estudantes."


O material, de acesso livre e gratuito, é produzido por escolas e empresas parceiras. Atualmente, os sites o kuadroPolinize e Vestibulandia estão entre os principais colaboradores.

Tal como os estudantes, as instituições de ensino podem também participar gratuitamente, utilizando o banco de questões do Aprendizado Coletivo. Se conveniadas, no entanto, elas podem produzir materiais restritos a seus alunos e contar com uma rede social particular. "No caso de alunos mais introvertidos, que têm receio de se manifestar em aula, a rede pode funcionar como ótima ferramenta de comunicação", diz Diego. O engenheiro destaca ainda a possibilidade de uma avaliação mais precisa do domínio de conhecimentos de cada aluno, uma vez que o site possibilita o trabalho com dados estatísticos a partir do desempenho individual.
Fonte: estadao.com